domingo, julho 31, 2005

Luxúria Medíocre

Desde o começo já não via com bons olhos aquilo que pra mim, não representava o símbolo da elegância, ou bom gosto, mas o antro da futilidade e consumismo burro e desenfreado. A tal da Daslu podia dar certo em Nova York, ou em algum país da Europa, mas só no Brasil, ser vendedora da Daslu é sinônimo de status. A filha do ACM (neta?), filha do Geraldo Alckmin, entre outras cuja profissão é “filha”, fazem parte disso. Muito preocupante ver que o governador de São Paulo concorde com tal atitude. Nada contra o desejo da menina em ser vendedora desde pequena, o sonho de infância de vender meias e trocar sapatos todos os dias... que orgulho da filha formada, com estudo no exterior...fala francês e toca piano! HÁ, mas se ela estudasse um pouquinho mais, quem sabe, ela poderia ser padeira. Mas ser vendedora já é uma experiência e tanto... aprende-se todos os dias!!! Além disso, o ar de superioridade, a cabeça erguida, o orgulho desmedido... A inversão de papéis, “a vendedora tem sempre a razão”. Olhe papai, venci na vida!

Mas pra que criticar tanto as vendedoras quando eu posso criticar os consumidores da loja? Claro que eu gosto de boas roupas, bons restaurantes. Mas a diferença é que eu gosto de conforto, qualidade e beleza. Interessante mesmo é ver a classe-média-medíocre entrar na loja e comprar um par de meias pra ganhar a sacola da loja e desfilar como uma bolsa. O gostoso mesmo é andar por aí com aquele saco escrito DASLU bem grande, mas cuidado pro saco não virar, o DASLU tem que ficar o máximo ‘a mostra.

Exercício interessante de reflexão: seria tão bom comprar um terno armani na Daslu, mas sair com ele dentro de uma sacola das Lojas Americanas?

Ostentação é burrice, ostentação desmedida é uma ofensa!